Melhores jogadores X : Marcel


Nome: Marcel Ramon Ponikwar de Souza
Nascimento: 4 de dezembro de 1956, em Campinas (SP)
Altura: 1,99m
Clubes: Corinthians (SP), Jundiaí Clube (SP), Sírio (SP), Indesit Caserta (ITA), Alno Fabriano (ITA), Monte Líbano (SP) e Palmeiras/Parmalat (SP)
Número:
Posição: Ala
Títulos: Medalha de ouro no Pan-americano de Indianápolis (1987); campeão mundial interclubes (1979) O Market Square Arena, lotado com 17 mil torcedores, silenciou no dia 23 de agosto de 1987, quando ele converteu a última cesta do jogo.

Era o auge da carreira do ala Marcel Ramon Ponikwar de Souza, que naquela partida, ao lado de Oscar, liderou os brasileiros na conquista dos Jogos Pan-americanos com uma vitória por 120 a 115 sobre os Estados Unidos, donos da casa e favoritos na disputa.

A história do jogador vestindo a amarelinha começou 14 anos antes, em 1973, quando ele tinha apenas 16. Após um ano excelente na equipe juvenil do Jundiaí Clube, Marcel já estava entre os profissionais e na seleção brasileira, numa excursão de 10 jogos feitos nos EUA.

Assim, ele chamava atenção dos maiores clubes de São Paulo e não demorou até que fosse para o Esporte Clube Sírio. Em 1974, o ala estreava na equipe e, cinco anos depois, via Oscar se juntar ao time para formar uma das mais inesquecíveis parcerias do basquete brasileiro.

Com a dupla formada e o desmantelamento do rival Palmeiras, o caminho ficou fácil para o ala do Sírio. As conquistas chegariam ao auge já em 1979, quando seu clube alcançou as finais da Copa Willian Jones, o Campeonato Mundial de clubes da época.

Os brasileiros sofreram para passar pelos iugoslavos do Bosna, de Sarajevo, por 100 a 98 na prorrogação (88 a 88 no tempo regulamentar), no ginásio do Ibirapuera. Antes disso, a equipe já havia levado os campeonatos Paulista e Brasileiro, com folga. Foram apenas quatro derrotas naquela temporada.

Comandado pelo técnico Cláudio Mortari, o elenco completo do Sírio ainda trazia Marquinhos, Luizão, Larry Williams, Dódi, Agra, Saiani, Mike, Renatão, Paulinho, Marcelo Vido e Russo.

Carreira internacional

A partir daí, a vida de Marcel foi marcada por idas e voltas à Itália. O atleta foi ao Indesit Caserta em 1983, onde ficou por pouco tempo. Retornou ao Brasil para defender o Monte Líbano e depois o Jundiaí.

Na "Velha Bota", seu maior sucesso foi atuando pelo Alno Fabriano. Ele ficou lá de 1986 até 1989, tornando-se um dos ídolos da equipe. Na temporada 1987/88, conseguiu uma média de 24,8 pontos por jogo, levando seu time à divisão principal do basquete italiano.

O ano de 1987 foi realmente o de maior glória do ala. Além do sucesso no exterior, o jogador voava em quadra quando defendia a seleção brasileira, revivendo a grande dupla do Sírio, com Oscar.

Foi nesta temporada que o desacreditado time canarinho chegou às finais dos Jogos Pan-americanos contra os Estados Unidos, donos da casa. E, ali, atrevido, Marcel impunha seu ritmo para marcar a cesta da conquista brasileira. No fim, terminou a decisão com 31 pontos marcados.

Em 1989, o ala mais uma vez voltou ao Brasil, novamente no Monte Líbano, onde ficou por um ano. Entrou na década de 90 atuando pelo Arcal Corinthians, do Rio Grande do Sul e, em 1993 foi contratado pelo Palmeiras/Parmalat, que tentava reviver os momentos de glória do clube na década de 1970.

Marcel, entretanto, já com 38 anos, deixou de jogar no ano seguinte. Sua carreira prosseguiu próxima ao basquete como treinador.

Entre 1994 e 1998, dirigiu Guarulhos, Barueri e Pinheiros. Em 2001, ele aceitou dirigir a equipe feminina do Jundiaí, que acabou na sexta colocação do Campeonato Nacional.

Entre 2003 e 2004, disputou o Campeonato Paulista à frente de uma equipe que montou no ABC, o Databasket/São Bernardo do Campo. Dois anos depois, entrou na Nossa Liga de Basquete com o Tahitian Noni/Jundiaí.

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