Nome: Arvydas Sabonis
Apelido: Big Red, Sabo e Sabas (na Lituânia)
Nascimento: 19 de dezembro de 1964, em Kaunas (LIT)
Altura: 2,21m
Clubes: Zalgiris Kaunas (LIT), Forum Valladolid (ESP), Real Madrid(ESP) e Portland Trail Blazers (NBA)
Posição: Pivô
Títulos: Medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul (1988) e de bronze em Barcelona (1992) e Atlanta (1996); campeão (1995) e MVP da Euroliga (2004); tricampeão da liga soviética (1985-87); bicampeão espanhol (1993 e 94) e seis vezes eleito melhor jogador da Europa (1984, 85, 88, 95, 97 e 99)
Ele chegou a ser considerado por muitos como o melhor “gigante” do basquete mundial. Arvydas Sabonis, um lituano de nome difícil, conseguia conciliar sua altura de 2,21m com a habilidade no arremesso e no passe.
A agilidade nunca foi o forte de Sabas, como é conhecido em seu país de origem, mas isso não impediu o pivô de conquistar uma medalha de ouro olímpica pela antiga União Soviética e mais dois bronzes jogando pela seleção da Lituânia, além de ter sido campeão da Euroliga com o Real Madrid.
Mesmo com estas glórias, porém, uma passagem curiosa, e talvez infeliz da carreira de Sabonis, sempre deixará a dúvida se este pivô lituano não poderia ter obtido ainda mais sucesso no basquete.
Em 1985, Arvydas jogava profissionalmente há apenas quatro anos, e já havia conquistado uma medalha de ouro e outra de bronze com a URSS no campeonato europeu de seleções, em 85 e 83, respectivamente.
No Draft da NBA daquele ano, Sabas foi a quarta escolha do Atlanta Hawks, mas não pôde jogar porque tinha idade inferior a 21 anos. No ano seguinte, novamente, foi escolhido no Draft, desta vez pelo Portland Trail Blazers e como primeira opção da franquia.
Sem empecilhos mais com a idade, o problema agora era a tensão política entre Estados Unidos e União Soviética, que caracterizava a Guerra Fria. A conseqüência foi a permanência de Sabonis apenas por alguns meses na América, a fim de curar uma grave ruptura sofrida no tendão-de-aquiles direito.
Depois de passar um tempo em Portland, se recuperando ao lado de grandes nomes dos Blazers à época, como Terry Porter e Clyde Drexler, Sabas voltou para o seu time na Lituânia, o Zalgiris Kaunas, e conquistou dois títulos consecutivos da liga soviética, em 1986 e 87, tornando-se assim tricampeão da competição (mesmo machucado, ele integrava o grupo do Zalgiris campeão em 85). Era a preparação que Arvydas Sabonis precisava para atingir a maior triunfo de sua carreira.
Ouro olímpico e carreira na Europa
Nas olimpíadas de Seul, na Coréia do Sul, em 1988, Sabonis e a seleção da União Soviética conseguiram o feito de bater os EUA - de David Robinson e Mitch Richmond - nas semifinais e conquistaram a medalha de ouro diante da Iugoslávia.
A derrota para a URSS foi um dos motivos da formação do “Dream Team” norte-americano nos jogos olímpicos de 1992, já que, até aquele momento, os Estados Unidos não convocavam jogadores da NBA para disputar as Olimpíadas.
O ano de 1989 marcou a alforria de Sabas. Enfim, ele estava livre para deixar a URSS e integrar algum time da NBA, se assim quisesse. Porém, ele não quis. Preferiu assinar contrato com o clube espanhol Forum Valladolid.
Na Espanha, faria nome no Real Madrid, para o qual se transferiu em 1992, mesmo ano em que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos com a seleção da Lituânia, coincidentemente, também em território espanhol, na cidade de Barcelona.
No tradicional time madrileno, foi bicampeão da liga espanhola e ganhou o título da Euroliga em 1995, com direito a eleição para MVP da fase final da competição. Em seis temporadas no país catalão, o pivô anotou uma média de 20,3 pontos e 12,3 rebotes por jogo.
Sabo na NBA
Com 30 anos, era chegada a hora de Sabonis testar suas habilidades na NBA. Ele se tornou Sabo para os norte-americanos e integrou a franquia que o tinha acolhido anos antes – o Portland Trail Blazers.
Lá, manteve a fama de bom reboteiro e, em sua primeira temporada, obteve média de 17,6 pontos e 10,7 rebotes por jogo, o que rendeu ao experiente pivô lituano dois prêmios: novato do mês e jogador da semana, ambos em 1996, além de ser um dos mais cotados à época para a eleição de Novato do Ano. Os Blazers avançaram para os playoffs, mas logo caíram diante do Utah Jazz.
Arvydas Sabonis, mesmo sendo o novato mais velho da NBA, mostrou a todos que ainda tinha condições de ser competitivo até na liga de basquete mais concorrida do mundo. Até sua saída dos Blazers, em 2003, Sabo levou mais duas vezes a franquia de Portland aos playoffs da competição.
Apesar da idade avançada, a maior dificuldade do pivô eram as seguidas contusões, que o acompanharam durante toda a carreira.
No início da temporada, em 2001, por exemplo, Sabonis ficou de fora dos oito primeiros jogos porque se recuperava de uma operação no joelho esquerdo. Além disso, eram freqüentes as lesões sérias em seus tendões-de-aquiles.
Quando deixou a NBA, Sabas, ou Sabo para os norte-americanos, voltou para a Lituânia e foi eleito MVP da Euroliga, jogando pelo Zalgiris Kaunas, na temporada 2003/04, uma antes de se aposentar como jogador.
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