Nome: Samuel Jones
Apelido: Mr. Clutch
Nascimento: 24 de junho de 1933, em Wilmington (EUA)
Altura: 1,93m
Clubes: Boston Celtics
Número: 24
Posição: Armador
Títulos: 10 vezes campeão da NBA (1958-66 e 1967-69) A geração supercampeã do Boston Celtics, na década de 60, produziu uma série de lendas da história da NBA. Uma delas foi Sam Jones, dez vezes campeão com a franquia alviverde.
Rápido e preciso, o armador encontrou seu espaço e se destacou em uma equipe que contava com Bob Cousy, Bill Sharman e Bill Russell, se tornando o preferido do técnico Red Auerbach.
Essa trajetória de sucesso quase não chegou a acontecer. Aos 24 anos de idade, o desconhecido jogador foi a primeira escolha dos Celtics no draft de 1957. A seleção pelo atual campeão da NBA desanimou Jones, que achou que não teria espaço para mostrar seu trabalho em uma equipe repleta de estrelas.
O medo de ficar encostado surgiu no mesmo momento em que apareceu uma proposta para lecionar em uma escola secundária. Decidido se tornar professor, Jones pediu um aumento na remuneração proposta pela escola e assim, abandonaria o basquete. Porém, a melhora de salário não veio e o armador foi tentar a sorte em Boston.
Começo difícil
Em sua primeira temporada pelos Celtics, Jones decepcionou o técnico Auerbach, que o havia indicado para a primeira escolha do draft. Ele manteve média 4,6 pontos por jogo (PPJ) em pouco mais de 10 minutos jogados.
A melhora de produção veio apenas na temporada 1960/61. Mais ambientado na franquia, ele melhorou sua média para 14,8 PPJ, aproveitando o maior tempo em quadra gerado pelas lesões de Sharman.
No ano seguinte, ele entrou definitivamente para a lista dos melhores jogadores da NBA, ao manter uma média de 18,2 PPJ e ser decisivo nos playoffs. No sétimo jogo da disputada final da Conferência Leste, contra o Philadelphia 76ers, ele passou por Wilt Chamberlain e acertou o arremesso que garantiu a vitória dos Celtics, a dois segundos do final.
A final daquele ano foi contra o Los Angeles Lakers. Em mais uma série apertada e decidida apenas no último jogo, Jones mostrou que era um homem de decisão. Ele marcou cinco dos nove pontos do Boston na prorrogação do confronto final e garantiu o tetracampeonato dos Celtics.
Parceria imbatível
O quinto título da franquia veio em seguida, em 1962/63, novamente com Jones como destaque. Ele manteve média de 19,7 PPJ e brilhou nos playoffs. Sua precisão nos arremessos e a intensa movimentação encaixavam perfeitamente com os rebotes defensivos apanhados por Bill Russell, formando um contra-ataque mortal.
Esses atributos atingiram o auge em 1964/65, com Jones encerrando a temporada como o quarto maior pontuador da temporada, com média de 25,9 PPJ. Russell foi o quinto no ranking de assistências e o primeiro no de rebotes, e os Celtics levaram seu sétimo título seguido, de nove que ganharia em seqüência.
As finais de 1968/69 viram a última grande atuação de Jones. Novamente contra o Los Angeles Lakers, que contava com Chamberlain, Jerry West e Elgin Baylor, ele brilhou e garantiu mais uma conquista.
Os Celtics perdiam a série por 2 a 1 e estavam um ponto atrás no placar, quando restavam sete segundos para o final. A derrota daria ao adversário a chance de jogar duas vezes em casa para fechar a série.
Em um pedido de tempo, o então jogador-técnico Bill Russell confiou a Jones o arremesso pela vitória. E o armador não decepcionou. Em uma jogada rápida, ele converteu o arremesso, ganhou a partida, empatou a série decisiva e os Celtics foram campeões.
A decisão foi a última partida de Jones e Russell como jogadores. Os dois se aposentaram no final daquela temporada, dando um fim a carreira de duas lendas. Depois de deixar a NBA, Jones trabalhou como diretor e técnico do Federal City College, em Washington DC, e como assistente do New Orleans Jazz.
Em 1970, ele foi escolhido para integrar o time dos melhores jogadores dos 25 anos da NBA e, em 1996, eleito um dos 50 maiores atletas de todos os tempos da liga norte-americana.
Ele ainda entrou para o Naismith Memorial Basketball Hall of Fame, em 1984. Uma justa homenagem a uma lenda, que não se tornou professor secundário, mas ensinou muito às novas gerações do basquet
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