VICE DE ESPORTES OLÍMPICOS DO FLAMENGO FALA SOBRE NECESSIDADE DE MUDANÇA DE PANORAMA NA GESTÃO DO ESPORTE OLIMPICO NACIONAL.
Parte da entrevista de Alexandre Póvoa, Vice de esportes olímpicos do Flamengo, para o Blog Garrafão Rubro-Negro.
Parte da entrevista de Alexandre Póvoa, Vice de esportes olímpicos do Flamengo, para o Blog Garrafão Rubro-Negro.
Alexandre Póvoa: Sendo honesto, antes de assumir a vice-presidência no Flamengo, não imaginava que a falta de apoio ao esporte olímpico no Brasil fosse tão profunda. Além do setor público que ajuda muito pouco, o setor privado, com raras exceções, ignora qualquer coisa que não seja futebol e algumas seleções de esportes coletivos. Visitamos quase 200 empresas. Vivemos um modelo nefasto, onde as Confederações recebem milhões e nada chega aos clubes, verdadeiros formadores de atletas. Diferente do futebol, onde a má administração dos clubes explica muita coisa, nos esportes olímpicos esses recursos simplesmente não existem. Sem lei de incentivo (que demanda certidões negativas de débito), seria impossível fazer esporte olímpico de forma séria. Não é à toa que todos os clubes de futebol desistiram, com exceção do Flamengo.
A Arena da Barra, casa do Flamengo, possivelmente irá sediar o Mundial de Clubes deste ano. |
Agora, tenho esperança que os próximos dois anos serão mais favoráveis. Passada a Copa, as Olimpíadas de 2016 no Rio serão o foco das empresas. Muita empresa que nunca chegou nem perto, vai se promover grande incentivadora dos esportes olímpicos. Faz parte do show do mundo dos negócios. Temos que aproveitar essa onda, junto com a hospedagem da delegação dos EUA na Gávea, para transformar os esportes olímpicos do Flamengo em termos de financiamento autossustentável e estrutura física. É nossa grande chance.
Agora, gostaria de acreditar que existem sinais concretos para uma mudança mais profunda no modelo do esporte olímpico brasileiro no longo prazo. Infelizmente, nesse caso, o panorama não é animador.
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