Pois é pessoal, a partir de hoje estaremos postando aqui no blog as Crônicas do Luis Pércio , um espaço em que esse meu parceiro nessa jornada pelo basquete fala de muitos assuntos relativos não somente ao " Grande Jogo" mas também sobre o esporte em geral , e para começar o "Diretor" manda ver acerca do tratamento dado ao esporte nacional em âmbito nacional e também municipal...Fala Pércio!!!
" Estamos às vésperas da realização dos jogos olímpicos em nosso país. Evento mundial que reunirá o que existe de melhor no esporte, seja ele coletivo ou individual. Atletas e equipes de alto nível competirão em busca do tão aclamado "sonho olímpico". Mas até onde despertamos do sonho para viver uma realidade dura ?
Respondo: No momento em que nos deparamos com as limitações que nossos jovens atletas sonhadores dispõe para qualificar-se para a disputa de medalhas.
Não é de hoje que acompanhamos a saga de atletas que com as mínimas condições de treinamento,lutam para realizar este sonho. É muito comum países sem tradição olímpica tratarem seus medalhistas como heróis após a conquista , o Brasil não é diferente. É correto tratarem eles como heróis ? Talvez sim. Pois quem trabalha com o pouco que tem e nas condições mais desfavoráveis possíveis tem sim que ser tratado como um grande herói.
Mas isso esta totalmente equivocado, quando nos deparamos com a disposição de outros países- estes com tradição no esporte - em incentivar a prática esportiva não como um mero divertimento de final de semana, mas como um motivador de mudança de atitude em relação ao trato com a saúde , e também como um motivador de conquistas no esporte de alto nível.
No último mundial de futebol realizado no Brasil, o povo brasileiro acordou. Não éramos mais o melhor futebol do mundo. A derrota nos fez acordar de um sonho onde tudo era perfeito.
Mas o que esta além da derrota ? Vários analistas já se fizeram estas perguntas e chegaram a conclusão de que o futebol brasileiro precisa se reformular, precisa passar por uma reciclagem e adotar novos métodos. E será que isso resolve todos os problemas ? Sou enfático em dizer que não. A necessidade gritante esta "caindo de madura". Será que os "doutores" do futebol entenderam a mensagem?
Mas tudo isso nos leva a uma outra indagação. O esporte brasileiro esta preparado paras as olimpíadas de 2016 ? Como estão nossos atletas? Qual o nível de preparação e quais as condições dadas pelo COB ? Existe incentivo na base ?As manchetes dos principais jornais do centro do país já noticiam que existe uma renovação na preparação da equipe olímpica de futebol? Mas e as outras modalidades? Como vai o voleibol, o basquetebol, e as demais modalidade coletivas e individuais ? Qual a filosofia do COB em se tratando de incentivo aos nossos atletas ?
Não temos as respostas, apenas indagações para uma reflexão necessária e absurdamente ignorada.
Mas vamos falar um pouco da nossa aldeia,O Alegrete. Como vai nosso esporte local ? Copiando uma máxima nacional, nosso municipio não possui um projeto de incentivo ao esporte com qualidade , restringindo-se a repassar recursos e promover a prática sem um objetivo claro. E não temos receio algum em apontar que sem projeto não há desenvolvimento. Com rarissimas excessões e com abnegados, o esporte da cidade não morre. Resiste, acima de tudo na vontade e no desejo de ver atletas disputando competições de alto nível.
Nessas alturas você que lê este artigo se pergunta, mas onde entra o futuro do Basquetebol nisso tudo?
O futsal, o voleibol, o handebol e até mesmo o rugby, já possui seus lutadores e incentivadores. Estão procurando a excelência e qualificação necessárias? Em parte sim. E o basquetebol ?
Bom, desde o principio deste ano a U-BASQ tem procurado desenvolver um trabalho com categorias de base, procurando não só incentivar a prática mas também na formação de uma equipe com o objetivos bem claros. A limitação material e o ambiente até o presente momento não são um obstáculo para execução do trabalho, o que por um lado é um incentivador, pois vencendo estes obstáculos e atingindo algumas metas, é algo que nos motiva.
Por outra via, promovemos as competições que só neste ano movimentaram a modalidade em duas oportunidades. E ainda temos mais um torneio programado para o mês de Novembro. E qual o objetivo desses torneios ? Um só. O de despertar nos praticantes desta modalidade a necessidade, que nós da U-BASQ já visualizamos, de colocar o basquetebol como uma pauta constante na vida esportiva da cidade. Que a base que hoje treina na escola Demétrio Ribeiro, que os torneios promovidos pela entidade, ou até mesmo as "peladas" de final de semana que acontecem em vários locais, sejam um motivador para que de uma vez por todos possamos, começar uma nova fase do basquetebol alegretense."
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